A política Covid-Zero na China é formado por protocolos rigorosos de restrições e bloqueios. Dentre eles, lockdowns rígidos quando do surgimento de alguns casos de Covid, durando até que haja negativa de novas infecções, testes em massa e fechamentos de empresas e escolas nos locais onde os casos foram relatados, além de quarentenas em instalações governamentais. No entanto, a medida não tem surtido efeito nos números de casos que aumentaram nos últimos tempos.
Milhares de pessoas saíram às ruas para manifestar seu repúdio a essas medidas, algumas chegando a criticar abertamente o governo do presidente, Xi Jinping, e o Partido Comunista da China — que, segundo analistas, enfrentam o maior desafio às autoridades desde os protestos na Praça da Paz Celestial em 1989. Diante disso, o governo resolveu aliviar as restrições em alguns locais. Na quarta-feira, 30/11, as cidades de Guangzhou e Chongqing anunciaram que suspenderiam as medidas de bloqueios e aliviariam as restrições.
Mesmo com o afrouxamento dos protocolos, a China terá que lidar com os problemas econômicos e internacionais causados pelo Covid-Zero:
- os governos locais encarregados de realizar testes em massa e aplicar a quarentena estão ficando sem dinheiro e podem ser forçados a cortar custos ou reduzir outros serviços vitais;
- o crescimento econômico chinês foi prejudicado, organismos internacionais projetam um crescimento de 2,8% do PIB neste ano para a economia chinesa, bem abaixo dos 5,5% esperados pelo governo de Xi Jinping; e
- as cadeias de suprimento mundial é negativamente afetado.
Com informações da BBC Brasil.
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