O Catar, país-sede da Copa do Mundo 2022, é um dos países mais ricos da Ásia graças à exploração de petróleo e gás natural, que representam 50% do PIB nacional. Desde 1974, o país sede mantém relações comerciais consolidadas e promissoras com o Brasil.
No início, a embaixada da Arábia Saudita representava o Catar em assuntos comerciais, posteriormente passando para os Emirados Árabes, até que, em 2005, o Catar recebe a embaixada brasileira em Doha. Em 2007, o escritório da embaixada do Catar é aberto em Brasília. O fluxo mercantil entre os dois países não é tão intenso, mas é economicamente relevante. Em 2021, o Brasil exportou mais de US$ 284 milhões e importou quase US$ 800 milhões. Ou seja, nós temos um déficit de quase US$ 500 milhões na balança comercial.
Dentre os produtos exportados, estão carne de aves e suas miudezas comestíveis (47%), motores e máquinas não elétricos (12%) e tubos e perfis ocos, acessórios para tubos, de ferro ou aço (11%). Já nas importações, nós dependemos principalmente de adubos ou fertilizantes químicos (88%), Com a Copa do Mundo sediada no Catar, registrou-se um aumento de 40% de exportação de frango para o país-sede nos primeiros meses de 2022, em comparação ao mesmo período em 2021, representando um aumento de 67% na receita.
Segundo o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi, “A qualidade, segurança e preço dos nossos produtos foram determinantes para que os países árabes enxergassem no Brasil um fornecedor importante de produtos alimentícios, tendo como carro-chefe a proteína animal brasileira. Mas este mercado, que deve movimentar em torno de US$ 5,74 trilhões até 2024, ainda tem muitas oportunidades de crescimento em outros segmentos: tanto nos alimentícios de maior valor agregado, como cosméticos, fármacos e até turismo. Por isso, estamos sempre em eventos internacionais que nos permitem verificar o que o consumidor desses países busca e como o Brasil pode acessar e atender a esta demanda crescente”.
A Efficient Comex tem a expectativa de que, seguindo a fala do diretor de Operações da CDIAL Halal, o Brasil aproveite as oportunidades de mercado no Catar, buscando o equilíbrio da balança comercial ou até mesmo um aumento significativo nas exportações que ultrapasse as importações.
Fonte: Monitor Mercantil
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